
O Web Summit 2025 marcou meu terceiro ano consecutivo presencial na feira e o quinto ano acompanhando missões empresariais que vêm a Portugal durante o evento. Desta vez, estive com grupos de empresários brasileiros, cada um com seus interesses — tecnologia, educação, inovação e oportunidades de expansão internacional. A experiência acabou sendo uma soma interessante: a intensidade do Web Summit misturada com um roteiro que mostra, na prática, o que Portugal tem construído nos últimos anos.
O evento em si
O clima do Web Summit continua o mesmo: corredores lotados, startups competindo por atenção, debates sobre IA, sustentabilidade, futuro do trabalho e conteúdo digital. Mas algo chamou ainda mais atenção este ano: a percepção clara de que as empresas – grandes e pequenas – entenderam de vez o valor do conteúdo autêntico, real e espontâneo.
Para quem trabalha com audiovisual, como é o nosso caso na MottaFX, isso fica evidente. Cada vez mais marcas buscam narrativas verdadeiras, menos polidas artificialmente e mais conectadas com a experiência real das pessoas. Não é só uma tendência estética — é uma mudança estratégica.
Acompanhando empresários brasileiros
A missão deste ano teve uma dinâmica muito boa. Os empresários brasileiros vieram com objetivos bem definidos: conhecer o ecossistema de inovação português, avaliar oportunidades de expansão e entender como instituições e startups se organizam aqui.
Entre reuniões no Web Summit, conversas com startups e apresentações institucionais, ficou claro como Portugal se tornou uma porta de entrada para a Europa — tanto pela facilidade operacional quanto pela qualidade dos talentos formados aqui.
Universidade Nova de Lisboa – Campus Carcavelos
Incluímos no roteiro uma visita ao campus da Nova SBE, em Carcavelos, um dos espaços de ensino mais modernos da Europa. A integração entre design, ambiente colaborativo e visão internacional sempre impressiona quem chega pela primeira vez.
Para mim, existe ainda um detalhe mais pessoal: o escritório da MottaFX fica muito próximo dali, o que facilita acompanhar a evolução do campus, a dinâmica dos estudantes e a relação da universidade com o mercado. É um ecossistema que respira inovação no dia a dia — e contagia.
42 Lisboa, no hub da Unicorn Factory
Como nos anos anteriores, a 42 Lisboa continua sendo um dos pontos que mais surpreendem os empresários. O método sem professores, sem aulas tradicionais e baseado em projetos concretos parece contraintuitivo à primeira vista, mas basta observar o ambiente por alguns minutos para entender por que forma talentos tão bem preparados.
Estar dentro da Unicorn Factory ajuda a criar um contato direto com startups, incubadoras e programas de aceleração — algo essencial para quem busca mão de obra tecnológica ou parcerias.
AICEP: visão estratégica e institucional
A visita à AICEP complementou o percurso, trazendo uma visão institucional importante: incentivos, setores prioritários, números, políticas de internacionalização e os apoios para empresas que desejam investir em Portugal.
Para os empresários brasileiros, foi uma oportunidade de entender como transformar interesse em plano concreto.
Fechando o ano
Participar do Web Summit pela terceira vez e acompanhar missões pelo quinto ano seguido dá uma percepção de continuidade. De como Portugal mudou, de como as empresas brasileiras olham para o país hoje, e de como o conteúdo — em todas as suas formas — se tornou parte essencial de qualquer estratégia de crescimento.
Para mim, fica a sensação de que cada missão conta uma história diferente, mas todas apontam para o mesmo lugar: um ecossistema mais maduro, internacionalizado e com espaço real para colaboração.



